MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS
Parada Respiratória ___________________________________________
DEFINIÇÃO
É uma situação em que o paciente pára de respirar.
Esta situação é percetível quando:
- O tórax da vítima não se mexer
- Os lábios, língua e unhas ficam azulados
CAUSAS
Intoxicação por gases venenosos, afogamento, traumatismo craniano, espasmos ou edemas da glote, presença de corpo estranho nas vias respiratórias, etc.
CONDUTA
- Levar a vítima para um lugar arejado e não contaminado
- Iniciar a respiração boca-a-boca:
- Deitar a vítima de costas sobre uma superfície dura
- Afrouxar a roupa e retirar próteses
- Desobstruir vias aéreas superiores
- Colocar a vítima com o rosto voltado para cima e cabeça inclinada para trás
- Tampar as narinas da vítima com o indicador e o polegar e abrir-lhe completamente a boca
- Encher bem os pulmões de ar
- Colocar sua boca sobre a vítima, sem deixar frestas e soprar com força até notar que seu tórax se levanta
- Retirar a boca, destampar as narinas da vítima e observar o esvaziamento dos pulmões, enquanto você inspira novamente
- Repetir o movimento 15 vezes por minuto
Observação
No caso de criança, deve-se envolver a boca e o nariz da criança com a sua boca, introduzindo pouco ar, com muito cuidado, no pulmão da Mesma. O ritmo em criança deve ser de uma vez a cada 3 segundos.
Introdução do laringoscópio nas posições anatômicas.
Parada Cardíaca ______________________________________________
DEFINIÇÃO
É a situação na qual o paciente deixa de apresentar batimentos cardíacos
CAUSAS
Choque elétrico, afogamento, doença cardíaca, traumatismo violento, etc.
CONDUTA
- Colocar a vítima deitada sobre superfície dura
- Colocar suas mãos sobrepostas na metade inferior
do esterno
- Os dedos devem ficar abertos e não tocar na parede do tórax
- Fazer a seguir uma pressão com bastante vigor para que se abaixe o esterno, comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral. Descomprimir em seguida
- Repetir a manobra tantas vezes forem necessária (cerca de 60 por minuto)
Observação
A massagem cardíaca deverá ser exercida com força, por apenas uma das mãos e, em bebês, a força deverá ser exercida somente com dois dedos. O ritmo deverá ser de 8 vezes por minuto
Observe a figura abaixo: Palpação da artéria carótida.
Ressuscitação Cardiopulmonar __________________________________
Caso se verifiquem paradas respiratória e cardíaca ao mesmo tempo, o procedimento deve ser combinado - massagem cardíaca e respiração boca-a-boca, conforme orientação abaixo:
- Executar 15 manobras de massagem cardíaca e, em seguida, soprar 2 vezes a boca da vítima, usando o método boca-a-boca, quando houver apenas um socorrista.
Na presença de 2 socorristas, fazer 5 massagens para cada manobra de respiração
- A manobra deve ser feita quantas vezes for necessária para o restabelecimento dos movimentos respiratórios e movimentos do coração, sempre no mesmo ritmo
Fraturas _____________________________________________________
CAUSAS:
As fraturas são ocasionadas por violências externas, movimentos anormais ou enfermidade dos ossos
TIPOS:
Fechadas: quando o osso se quebra, mas a pele não é perfurada Expostas: quando o osso está quebrado e a pele rompida
SINTOMAS:
Suspeita-se de fratura, quando houver dor local, deformação, incapacidade de movimentação, posição anormal ou sensação de atrito no local suspeito
CONDUTAS:
Fratura Fechada:
- Colocar o membro afetado em posição natural, sem desconforto para a vítima. Imobilizar a articulação acima e abaixo da fratura com tala (tábua, papelão, vareta de metal, etc.), amarrada com ataduras ou tiras de pano
Fratura Exposta
- Colocar gaze ou pano limpo sobre o ferimento, de maneira a deixá-lo aberto - Manter a vítima deitada e proceder como nas fraturas fechadas, imobilizando com talas. Em caso de fraturas com hemorragia, estancar a mesma.
FRATURAS ESPECIAIS - CONDUTA:
Fraturas de Coluna
- Manter a vítima imóvel. Transportar a vítima em maca rija
- Em caso de lesão no pescoço, não mover a cabeça da vítima
Fraturas de Crânio
- Manter a vítima deitada de lado, para que a língua não caia para trás, bloqueando a passagem do ar. Manter a vítima aquecida. Controlar a perda de sangue do ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo. Não mover a cabeça ou qualquer outra parte do corpo da vítima, se ela estiver sangrando pelo nariz, boca ou ouvidos
Procure Socorro Médico com Urgência
Ferimentos ___________________________________________________
DEFINIÇÃO:
É uma quebra de integridade dos tecidos internos ou externos do corpo.
CLASSIFICAÇÃO:
Abertos: facilmente identificáveis, são quebras da pele ou da mucosa.
Fechados: ocorrem com tecidos debaixo da pele, incluindo órgãos internos (fígado, baço, etc.).
CONDUTA:
- Limpar o ferimento com água limpa
- Proteger o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo
- Não tocar o ferimento com os dedos ou material sujo
- Não colocar pomadas, açúcar, café ou quaisquer outras substâncias
Procure Socorro Médico
FERIMENTO ESPECIAIS - CONDUTA:
Ferimento nos Olhos:
- Não esfregar os olhos
- Tampar a região com gaze esterilizada ou pano limpo
- Fixar o tampão com venda ou adesivo
Sangramento no Nariz:
- Manter a vítima quieta e aplicar pressão sobre o lado do nariz que sangrar
- Colocar gelo sobre o local
Lesões no Tórax:
- Colocar sobre o ferimento um curativo ou uma toalha ou mesmo a própria mão, para impedir a penetração ou saída de ar pelo ferimento. Se houver falta de ar, soltar uma das extremidades do curativo
Procure Socorro Médico Urgente
Ferimento no Abdome:
- Quando houver saídas de alças intestinais ou outros órgãos, cobrir com toalha limpa ou umedecida e transportar rapidamente para o hospital
Ferimento na Cabeça:
- Se o paciente estiver inconsciente ou agitado, deitá-lo de costas, facilitar sua respiração e afrouxar suas roupas
Procure Socorro Médico Urgente
Contusões:
- Quando o local do ferimento ficar arroxeado, é sinal de que houve hemorragia por baixo da pele
- Aplicar compressas frias ou gelo, até diminuir a dor ou o inchaço
- Posteriormente, podem ser aplicadas compressas mornas para facilitar a cura
Hemorragias __________________________________________________
DEFINIÇÃO:
É a perda de sangue devido ao rompimento de um ou mais vasos sangüíneos
CLASSIFICAÇÂO:
Internas: difíceis de serem reconhecidas - hemorragia pulmonar, gástrica, intra-abdominal, etc Externas: facilmente reconhecidas
GRAVIDADE:
A hemorragia pode ser extremamente grave e levar a vítima à morte devido à quantidade de sangue perdido
TÉCNICAS DE DETENÇÃO DE HEMORRAGIAS:
Deter ou diminuir a perda sangüínea:
- Elevar o braço ou a perna quando estiverem sangrando
- Tamponamento com gaze ou pano limpo, fazendo pressão sobre o ferimento e amarrando, bem firme, com atadura ou faixa de pano
- Aplicar torniquete só em caso extremo, como em amputação de braço ou perna
Procure Socorro Médico Urgente
Convulsão __________________________________________________
DEFINIÇÃO:
É a contração involuntária da musculatura, provocando movimentos desordenados, com ou sem perda da consciência.
CAUSAS:
Febre alta (em crianças), epilepsia, tumores e doenças cerebrais, meningite e traumas cranianos
SINTOMAS:
- Corpo da vítima é sacudido por espasmos incontroláveis
- Pode ocorrer palidez intensa e lábios azulados
- Pode ocorrer eliminação de fezes e urina
- Dentes travados, salivação abundante
CONDUTA:
- Proteger a vítima de quedas e colocá-la em lugar confortável
- Desapertar a roupa
- Afastar objetos próximos, para que não se machuque
- Colocar um lenço enrolado ou outro objeto entre os dentes da vítima, para impedí-la de morder a língua
NÃO:
- Não segurar a vítima (deixar que ela se debata)
- Não pôr os dedos na boca da vítima
Ao terminar os espasmos, acomodar a vítima em posição confortável
Procure Socorro Médico
Queimaduras ________________________________________________
DEFINIÇÃO
São lesões nos tecidos, produzidas pela ação do calor.
CAUSAS
Líquidos quentes: água, leite, óleo fervente, etc.
Sólidos quentes: ferro de passar, panelas, etc.
Gases: explosão de caldeira, de panela de pressão e álcool.
Irradiação: causada pelo sol, lâmpadas de ultravioleta, radioatividade.
Substâncias químicas: soda cáustica, ácido sulfúrico, etc.
Eletricidade
CLASSIFICAÇÃO
1o. grau: lesão das camadas superficiais da pele: vermelhidão e dor local.
Ex: queimadura causada pelos raios solares
2o. grau: lesão das camadas mais profundas da pele: formação de bolhas, desprendimento de camadas da pele
3o. grau: lesão de todas as camadas da pele, podendo atingir tecidos mais profundos até o osso
CONDUTA
- Aliviar a dor, aplicando compressas frias ou água corrente
- Se possível, cobrir a queimadura com vaselina esterilizada ou pano limpo e úmido
- Dar líquido ao paciente, se ele estiver consciente
Notas
Não pôr pomadas, ungüentos, pó de café, açúcar, etc, na queimadura.
Não furar as bolhas
Transporte ____________________________________________________
A movimentação ou transporte de um acidentado ou doente deve ser feito com cuidado, a fim de não complicar as lesões existentes
Antes de Providenciar a Remoção da Vítima
- Controlar a hemorragia
- Manter o paciente deitado e calmo
- Imobilizar todos os pontos suspeitos de fraturas
A maca é o melhor meio de transporte
Pode-se fazer uma boa maca, abotoando-se duas camisas ou um paletó em duas varas ou bastões resistentes ou, ainda, usando uma tábua larga
Ao remover ou transportar a vítima, obedecer às seguintes orientações:
Levantar a vítima com segurança
Se o ferido tiver de ser levantado antes de um exame para verificação das lesões, cada parte do corpo deve ser apoiada. O corpo tem de ser mantido sempre em linha reta, não devendo ser curvado.
Puxar o ferido para local seguro
Nunca puxar a vítima pelos lados.
Puxar pela direção da cabeça ou dos pés. Certificar-se de que a cabeça está protegida
Como transportar a vítima
Ao remover um ferido para um local onde possa ser usada maca, adotar o método de uma, duas ou três pessoas para o transporte da vítima, dependendo do tipo de gravidade da lesão, da ajuda disponível e do local (escadas, paredes, passagens estreitas, etc.).
Os métodos que empregam um ou dois socorristas são corretos para transportar uma pessoa que esteja inconsciente devido a afogamento ou Asfixia.
Todavia, não servem para carregar um ferido com suspeita de fraturas ou outras lesões graves. Em tais casos, usar sempre o método de três socorristas
Empregar um dos métodos abaixo, conforme o caso:
- Transporte da apoio
- Transporte de cadeirinha
- Transporte em cadeira
- Transporte em braço
- Transporte nas costas
- Transporte pelas extremidades
O transporte de acidentados em veículos (ambulâncias ou carros) merece também cuidados: evitar freadas bruscas e balanços contínuos, que poderão agravar o estado da vítima.
Lembrar-se de que o excesso de velocidade, longe de apressar o salvamento do acidentado, poderá causar novas vítima.
Acesso Arterial – Artéria Radial
Cricotireoidostomia – Acesso: entre a cartilagem tireóide e a cartilagem cricóide.
ESCORES DE TRAUMA
Nos últimos 25 anos, foram desenvolvidos vários escores de trauma com o objetivo de graduar e estratificar as lesões dos pacientes politraumatizados.
Idealmente, estes sistemas de escore definem a extensão da lesão, predizem a morbi-mortalidade e servem como bases de comparação entre pacientes e instituições.
Os escores de trauma podem ser divididos em 3 grupos:
ANATÔMICOS
Os escores
Anatômicos se baseiam no local da lesão ou no órgão acometido, usualmente não são completos até a alta hospitalar, porque a total extensão das lesões podem não ser determinadas até muitos dias da admissão
FISIOLÓGICOS
Os
Fisiológicos avaliam a resposta orgânica ao trauma, medida principalmente através dos sinais vitais, são usados para triagem no local do acidente.
MISTOS
Os escores
Mistos empregam associações entre escores anatômicos e fisiológicos.
Escores Anatômicos:
Abbreviated Injury Score(AIS)
Injury Severity Score(ISS)
Penetrating Abdominal Trauma Index (PATI)
Perfil Anatômico(AP)
International Classification of Diseases (ICD-9)
O
AIS, o 1º índice anatômico, foi publicado em 1971, e após houve 6 revisões. A mais recente é de 1990, classificando mais de 1300 lesões em 6 níveis de severidade de lesão-menor a fatal com valores medidos em cada lesão. Os escores eram originalmente baseados em 4 critérios:
Ameaça à vida;
Dano permanente;
Período de tratamento;
Dissipação de energia.
As lesões eram caracterizadas em 6 regiões corporais diferentes:
Escores
1-Menor |
2-Moderado |
3-Severo |
4-Severo-ameaça à vida |
5-Crítico-sobrevida incerta |
6-Não sobrevivente |
Regiões |
Crânio/Pescoço |
Face |
Toráx |
Abdome /Pelve |
Extremidades/ Pelve Óssea |
Geral/ Externa |
Baker e als., baseado no AIS, montou o ISS. Após cada lesão ser classificada, estas são agrupadas por região corporal, semelhante ao AIS, sendo que somente valores de 1 a 5 são utilizados. Os escores, do AIS, das três regiões mais severamente lesadas são somadas, sendo que cada escore é elevado ao quadrado. O escore mais alto possível é 75. Se uma lesão letal esta presente(ex. decapitação) ou um AIS de 6, o paciente automaticamente entra no escore 75.
Por exemplo:
Paciente com ruptura esplênica, fraturas de costelas, contusão pulmonar e fratura de fêmur.
Abdome- ruptura esplênica AIS 2
Extremidade- fratura fêmur AIS 3
Tórax- fratura de costelas(3) AIS 2
Contusão pulmonar AIS 3
ISS= 22 + 32 + 32 = 22
Um ISS > ou = 20 é considerado um trauma maior e um aumento no ISS está associado com um aumento na taxa de mortalidade. Inicialmente o AIS não foi incluído para trauma penetrante, mas após 1985 ele foi revisto e concluiu-se que um aumento nos seus valores estava associado a um aumento na taxa de mortalidade, apesar de não ser de uma forma linear, talvez pelo pequeno número de pacientes com altos escores de ISS. Ele não considera múltiplas lesões dentro de uma mesma área anatômica, como é comum no trauma penetrante, e as lesões são classificadas com o mesmo escore, apesar de não terem a mesma taxa de mortalidade. Além disto, o ISS não pode ser calculado até todas lesões terem sido definidas, não podendo ser usado, portanto para triagem no local do acidente ou para ser usado em decisões precoces. Contudo, ele serve para avaliação de resultados em estudos, medir a qualidade e comparação entre várias instituições.
Codificação das lesões
Gravidade | leve | moderada | grave s/risco de vida | grave c/risco de vida | crítica |
(ISS) | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 |
Regiões do Corpo
Cabeça/Pescoço
Face
Tórax
Abdome /Pelve
Extremidades / Pelve Óssea
Geral ou Externa
ISS= soma dos escores máximos ao quadrado das 3 regiões mais afetadas
Escores de Severidade para Morbidade:
Sistemas de Escores Anatômicos:
PATI e ATI: a tendência do AIS em subestimar a severidade de múltiplas leões em uma única região e a necessidade dos escores em predizer complicações sépticas, estimulou Moore a desenvolver o PATI. O PATI assinala um fator de risco de 1 a 5 para cada órgão intra-abdominal. Este número era multiplicado por um 2° fator baseado na severidade da lesão. A soma de todos escores correlaciona-se com subsequentes complicações, como abscessos, fístulas, infecção de feridas operatórias...
Em 1990, um grupo de cirurgiões de Denver, desenvolveu o ATI. Usando análise de regressão logística, cada órgão teve novos coeficientes baseados no risco de sepse abdominal.
O ATI é muito útil em prever complicações pós lesão, em pacientes submetidos à laparotomia, mas não inclui outros fatores, como idade, lesões associadas,....
Pacientes com ATI >25 tem maior chance de desenvolver complicações sépticas.
Perfil Anatômico(AP):
Todas as lesões sérias são classificadas em 4 escores (A,B,C,D)-
A: medula espinhal e crânio;
B: Tórax e região anterior do pescoço;
C: Abdomem, pelve, coluna e outras lesões sérias;
D: Lesões não sérias.
Todos AIS em cada compartimento é elevado a 2 e somados. A raiz quadrada da soma é igual ao escore de cada área. Ex.: Paciente com 2 AIS 5 e 1 AIS 3 no componente A, tem o valor de A=(5+5+3)=7.68
O valor do AP, é que ele classifica as lesões por regiões corporais e providencia uma descrição anatômica das lesões mais precisas do que o ISS.
International Classification of Diseases (ICD-9):
Somente classifica as lesões, não tendo a severidade como parâmetro.
Escores Fisiológicos:
Trauma Score(TS)
Revised Trauma Score(RTS):
Os escores fisiológicos usam várias combinações de medidas do SNC, CV e Respiratório, associados a outros parâmetros, como achados abdominais, mecanismo de lesão e região.
Seu maior uso tem sido como triagem pré-hospitalar, pois podem ser rapidamente tabulados no local do acidente. Podem, contudo, estar alterados com a entubação oro-traqueal, uso de álcool ou drogas. Além disto, respostas fisiológicas podem mudar pelas medidas de ressuscitação ou hemorragia que não foi controlada.
O RTS foi desenvolvido a partir do TS, somente não incluindo o enchimento capilar e a expansão pulmonar como dados, visto a subjetividade destes. Utiliza-se como parâmetros a freqüência respiratória, PAS e a Escala de Glasgow. O escore máximo no TS é 12 e no RTS é 7,84. O cálculo é baseado na seguinte fórmula:
RTS=0,9368 x GCSc + 0.7326xSBPc + 0.2908 RRc
Revised Trauma Score
Glasgow Coma Scale | Pressão Arterial Sistólica | Freqüência Respiratória | Valor |
13-15 | > 89 | 10-29 | 4 |
9-12 | 76-89 | >29 | 3 |
6-8 | 50-75 | 6-9 | 2 |
4-5 | 1-49 | 1-5 | 1 |
3 | 0 | 0 | 0 |
Escala de Glasgow:
É uma medida de resposta do SNC.
Coma – Avaliação do grau de consciência num Pronto Socorro:
Escala de Glasgow
A) Abertura ocular
4. Espontânea
3. Ordem verbal
2. Dor
1.Sem resposta
B) Melhor resposta verbal
5. Orientada
4. Confusa
3. Inapropriada
2. Incompreensível
1. Sem resposta
C) Melhor resposta motora
6. Obedece comando verbal
5. Localiza a dor
4. Flexão normal (inespecífica)
3. Flexão à dor (decorticação)
2. Extensão à dor
1. Sem resposta
Como podemos perceber sua variação de Score vai de 3 a 15.
Verificar no mínimo a cada 12 horas.
Escores Mistos:
TRISS
OPS (Outcome Predictive Score)
A metodologia do TRISS foi desenvolvida para levar em conta as vantagens dos sistemas anatômicos e fisiológicos. O TRISS estima a probabilidade de sobrevida, levando em conta o RTS, ISS, a idade do paciente e o mecanismo de lesão. A probabilidade de sobrevida é calculada com a fórmula:
Ps = 1/1 + e(na potência b) onde : e=2.7183
b= b0 + b1 x RTS + b2 x ISS + b3 x A
A= idade- <54>54=1
b0 a b3 são coeficientes derivados de análise de regressão logística, sendo que os valores são calculados no trauma penetrante ou contuso de forma separada.
Tabela TRISS 54>
| b | b1(RTS) | b2(ISS) | b3(A) |
Contuso | -1.2470 | 0.9544 | -0.0768 | -1.9052 |
Penetrante | -0.6029 | 1.1430 | -0.1516 | -2.6676 |
O TRISS permite a comparação da mortalidade entre instituições, controlando a severidade das lesões e também a qualidade dos programas instituídos. Quando colocados RTS e ISS num gráfico, temos o perfil dos pacientes que não devem sobreviver, bem como os que devem sobreviver.
O TRISS é um bom método de prever a taxa de sobrevida, mas é limitado na previsão de tempo de internação e não foi empregado como previsor de morbidade.