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sábado, 30 de julho de 2016

Centro de Reabilitação do Norte vai organizar as I Jornadas de Reabilitação Cardiorrespiratória 20-22 Outubro

http://www.justnews.pt/

Especialistas de várias unidades e centros hospitalares do país vão estar reunidos, nos dias 20, 21 e 22 de outubro, nas I Jornadas de Reabilitação Cardiorrespiratória do Centro de Reabilitação do Norte da Misericórdia do Porto. O evento, que "vai permitir o debate entre várias áreas da Medicina Física e de Reabilitação", conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Associação Portuguesa de Fisioterapeutas e Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação.



Intitulada "Reabilitação Cardiorrespiratória - Articulação com os Cuidados de Saúde Primários", a primeira mesa redonda do evento conta com a intervenção da presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Catarina Aguiar Branco, que abordará o tema: "Quem, quando e como referenciar?". Os motivos para se proceder à reabilitação e as dificuldades sentidas na prática clínica pelo médico de família perante doentes com patologia cardíaca e respiratória são outros tópicos a desenvolver nesta sessão.Na última sessão do programa são discutidos os "novo desafios" dos programas de reabilitação cardiorrespiratória. Sob a moderação do cardiologista Preza Fernandes e do pneumologista Nuno Cortesão, serão abordados temas como "Abordagem Multidisciplinar no doente com ventilação mecânica prolongada" e "Programas de Reabilitação pré e pós-transplante".

Para mais informações: jornadascrn.org@scmp.pt 

domingo, 24 de julho de 2016

Reabilitação Cardiovascular do Idoso

Reabilitação Cardiovascular do Idoso

Autores: Elizabete Viana de Freitas, Andréa Araujo Brandão, Maria Eliane Magalhães, Roberto Pozzan, Ayrton Pires Brandão
http://www.rbconline.org.br/

Introdução


Os dados epidemiológicos apontam para a alta prevalência das doenças cardiovasculares (DCV) nos indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos1-5, como sendo a maior causa de morbimortalidade e uma das principais de incapacidade neste grupo etário. Nos idosos a ocorrência de doença arterial coronariana (DAC) com manifestação clínica é superior a 25%, assim como 55% dos quadros de infarto agudo do miocárdio e mais de 50% das cirurgias de revascularização miocárdica6. De acordo com o DATASUS5, no Brasil, três quartos do total das mortes e mais da metade dos quadros de infarto agudo do miocárdio ocorrem em indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos.
Nas mulheres, o início da DAC se faz mais tardiamente em relação aos homens, com diferença de aproximadamente 10 anos. Entretanto, o curso da doença é caracterizado por maior prevalência de ICC e responde por mais de 50% de todas as causas de mortalidade no sexo feminino2.
Observa-se que nos idosos a DAC determina maior taxa de limitação física e incapacidade, quando comparada aos jovens. Por outro lado, nessa faixa etária a expectativa de vida é, geralmente, subestimada e os profissionais tendem a minimizar o tratamento e menos freqüentemente incluem esses pacientes nos programas de reabilitação cardiovascular (CV)7.

Atualmente, inúmeros trabalhos5,8,9, entre eles o de Fletcher et al6, relatam os benefícios da atividade física e da reabilitação cardiovascular no idoso. Na realidade, é necessária a implantação de programas educacionais, visando ampla divulgação da atividade e da reabilitação e seus benefícios nos idosos. O Framingham Disability Study by Age and Coronary Disease Status10,11 mostrou significativos números relativos à incapacidade por DAC em idosos, comparando indivíduos com idade entre 55 e 69 anos e 70 e 88 anos (Tabelas 1 e 2).
Esses dados revelaram que entre indivíduos portadores de DAC, com idade entre 55 e 69 anos, 56% apresentavam incapacidade, sendo 49% dos homens e 67% das mulheres, se contrapondo à taxa de 18% entre indivíduos na mesma faixa etária e sem DAC, sendo 9% dos homens e 25% das mulheres3,12,13.
No grupo mais idoso portador de DAC a incapacidade atinge uma taxa maior que 76%3,10,11.
A atividade física corretamente orientada, tanto em idosos saudáveis como em cardiopatas, altera favoravelmente o metabolismo lipídico e dos carboidratos, induz o aumento dos níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL), tem efeito benéfico sobre a distribuição do tecido adiposo, melhora a sensibilidade insulínica, sendo importante na redução do risco cardiovascular6.
Apesar do ainda pequeno número de trabalhos com idosos e reabilitação, é indiscutível a melhora da capacidade funcional desse grupo, justificando maior difusão dos programas de reabilitação para essa faixa etária. Os resultados apontam para melhor desempenho das atividades de vida diária e das atividades instrumentais de vida diária4,1418.
Elementos de relevância na prescrição e na avaliação da atividade física
Considera-se que a capacidade máxima de realizar um trabalho diminui com a idade, como resultado do menor consumo de oxigênio para a realização de um exercício dinâmico. Conceitualmente o consumo máximo de oxigênio (VO2 max) é a maior quantidade de oxigênio (O2) que uma pessoa consegue extrair do ar inspirado, no esforço máximo, expressando a quantidade de Otransportado e usado para o metabolismo celular1921. O VO2 max encontra-se significativamente relacionado à idade, sendo seu valor máximo encontrado entre 15 e 30 anos, caindo, a partir de então, gradativamente. Aos 60 anos, o VO2 max é aproximadamente um quarto daquele dos 20 anos. Por outro lado, a capacidade aeróbica é beneficamente influenciada pela atividade física. Nos indivíduos inativos ocorre redução de 9% no VO2 max por década em relação a 5% nos indivíduos ativos21. Um indivíduo em repouso, sentado, consome 3,5ml/O2/kg/min, ou 3,5kcal/kg/min, representando o equivalente metabólico denominado – MET. Esta unidade permite avaliar o gasto energético durante uma determinada atividade física em relação ao repouso. Apresenta relevante importância, servindo de base para a prescrição de atividade física19,6,18.
O VO2 max é limitado em presença de doenças pulmonares graves e difusas. Só é atingido por esforço com duração igual ou superior a 5 minutos. É inversamente proporcional à idade19.
A freqüência cardíaca (FC) é influenciada por inúmeros fatores, incluindo a idade 19,21,22. Nos idosos, a FC máxima encontra-se diminuída tanto em repouso como no esforço, fenômeno que parece estar ligado a uma ineficaz modulação simpática22.
No entanto, a resposta da FC ao exercício não é atribuída aos níveis mais baixos de catecolaminas; ao contrário, os níveis de catecolaminas plasmáticas nos idosos são especialmente mais altos com o exercício23. Já a pressão arterial nos idosos tende a ser um pouco mais alta tanto em repouso como no esforço.
Reabilitação cardiovascular no Infarto Agudo do Miocárdio
O objetivo da atividade física e da reabilitação cardiovascular no idoso é melhorar ou recuperar ao máximo a capacidade funcional24,25, seja após um episódio clínico agudo seja pela necessidade de melhorar a capacidade de tolerância ao esforço. Esses objetivos são alcançados através de programas que visam aumentar a capacidade aeróbica, a força muscular e a flexibilidade26. Esse grupo de idosos, entretanto, exige cuidadoso levantamento de comorbidades que, no mínimo, podem interferir diretamente com a modalidade e a intensidade do exercício18,20.
A reabilitação cardíaca é um programa multidisciplinar de educação e exercício, tendo em vista o desenvolvimento e a manutenção do nível funcional físico, social e psicológico desde o início do acometimento, portanto, na fase aguda da doença7.
Diversas condições clínicas são passíveis de programas de reabilitação: infarto do miocárdio, revascularização miocárdica, angioplastia, angina estável, insuficiência cardíaca crônica, troca de válvula, hipertensão arterial, entre outras5,9.
Algumas situações clínicas, contudo, contra-indicam o início da reabilitação cardiovascular: infecções sistêmicas, tromboembolismo, endocardite, doenças musculoesqueléticas, insuficiência cardíaca descompensada, miocardites e pericardites, hipertensão arterial não-controlada, arritmias complexas, distúrbios metabólicos descompensados e fase precoce de cirurgia cardíaca21,27.
Todos os pacientes devem ser submetidos a teste ergométrico (TE) com o objetivo de avaliar a segurança do programa a ser instituído. Nos idosos, a estabilidade musculoesquelética deve ser analisada com cuidado, já que costumam mostrar restrições conseqüentes, principalmente, a processos osteoarticulares28.

O TE analisa a capacidade aeróbica, o balanço entre a carga de trabalho e a FC, além de estratificar o risco de cada indivíduo. Por outro lado, estabelece um padrão inicial, definindo um parâmetro que servirá de base para o acompanhamento da resposta ao plano de reabilitação instituído (Quadro 1).
Nos idosos são utilizados, com freqüência, protocolos modificados para a realização de TE. São esperados, como resposta, FC mais baixas e níveis maiores de pressão arterial sistólica.
No Brasil ainda não é comum a realização de TE em indivíduos com limitação física através de ergômetros para braço.
O TE define critérios para a individualização de programas de exercício. Nos pacientes anginosos é determinada a FC e a carga de esforço que desencadeiam o sintoma, adequando-se o programa de exercício para um estágio abaixo9. Nos hipertensos e coronariopatas, o nível de esforço deve manter a pressão arterial sistólica abaixo de 200mmHg e a diastólica abaixo de 110mmHg. O consumo de oxigênio deve ser mantido entre 60% e 70% do VO2 max e a FC entre 50% e 60% da FC
de reserva. O duplo produto, resultado da multiplicação da pressão arterial sistólica pela FC no pico de esforço, deve ser mantido dentro dos valores normais. A FC estabelecida, seja limitada pelo cansaço, determinada por sintoma ou por nível percentual de FC, é chamada freqüência cardíaca de treinamento (FCT)27. Em geral a FCT corresponde de 50% a 75% da freqüência cardíaca de reserva determinada pela aplicação da fórmula: (FCmax-FCR) x 50% (ou75%) + FCR, em que FCmax = freqüência cardíaca máxima, FCR = freqüência cardíaca de repouso6. A freqüência máxima é calculada pela fórmula de Karvonen – FCmax = 220-idade.
A depressão do segmento ST induzida pelo esforço deve ser menor que 2mm nos pacientes aceitos para reabilitação, devendo ser reavaliados com utilização de nitrato sublingual para a determinação da freqüência cardíaca de treinamento, isto é, a FC máxima que manterá o segmento ST acima de 2mm de infradesnivelo27. O supradesnivelo de segmento ST superior a 1mm por isquemia miocárdica primária contra-indica o início do programa de reabilitação, enquanto que decorrente de fibrose ou hipertrofia ventricular requer a adoção de criteriosos cuidados8,27.
No IAM, objetivos específicos na reabilitação cardíaca incluem estratificação de risco, melhora de bem-estar social e psicológico, redução dos fatores de risco, alívio nos sintomas e melhora da capacidade funcional, propiciando boa qualidade de vida.
Esse programa é constituído pela fase hospitalar, fase I, envolvendo o período de internação; fase II, envolvendo o período inicial após a alta hospitalar, algumas vezes ainda requerendo telemetria; fase III realizada em grupos e ainda sob supervisão de equipe especializada e a fase IV habitualmente sob autocontrole7,29.
A fase I pode ser subdividida em duas etapas: A fase I A é aquela que ocorre na fase aguda do infarto do miocárdio, tendo lugar na unidade coronariana e envolvendo exercícios de baixa intensidade, de até 3 METs; são especificamente exercícios de condicionamento e de treinamento para as atividades funcionais, correspondendo de 30% a 40% da FC max, incluindo movimentação passiva e exercícios respiratórios. A fase I B se refere à fase de reabilitação CV orientada por equipe hospitalar especializada; é iniciada no quarto após êxito na fase I A, implicando em exercícios ativos de braços, de pernas e deambulação, correspondendo a até 4 METs de intensidade23,30. Todas as etapas desta fase são realizadas com monitoramento cardíaco via telemetria. Um dos objetivos da fase I B é propiciar uma transição segura do ambiente hospitalar para a reabilitação ambulatorial, portanto, do paciente já em residência7,29. A fase I é importante para reduzir os sintomas de hipotensão ortostática, os riscos de tromboembolismo, as complicações musculoesqueléticas e a hipoventilação.
A fase II tem início 1 ou 2 semanas após a alta hospitalar, já com o paciente em casa e reúne um conjunto de medidas que envolve programa educacional com modificação de estilo de vida, além do programa de atividade física supervisionada, determinada pelo TE, atingindo de 60% a 75% da FC do TE. Nesta fase já é permitida atividade sexual. Interrupção   do   fumo,   redução   de peso, normalização dos lípides sangüíneos, controle dos níveis de estresse e modificações dietéticas, principalmente, complementam os programas de reabilitação física com o objetivo de promover prevenção secundária31 e melhora da qualidade de vida. É iniciada nos IAM pequenos e após os procedimentos de trombólise ou angioplastia. No pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica o programa de exercícios é iniciado a partir da terceira semana 21,27,30.
A fase III, em geral sem telemetria, é baseada em programas determinados por novo teste ergométrico. É iniciada pelo menos após o terceiro mês do evento, atingindo o décimo segundo. São indicados exercícios isotônicos, aeróbicos, evitando-se os isométricos puros. É permitido o uso de pequenos pesos. Os exercícios podem atingir entre 60% e 70% da capacidade aeróbica máxima21,27,30.
A fase IV já não requer supervisão21,27, tendo início, habitualmente, a partir do primeiro ano do evento agudo, devendo o paciente manter os critérios adotados de mudança de estilo de vida e programa de exercícios de forma permanente. Também introduzida após a reavaliação por TE.
Os exercícios devem ser constituídos, após criteriosa avaliação, por um estágio de alongamento, com duração de 5 a 10 minutos, seguido por 30 a 40 minutos de exercícios aeróbicos dinâmicos contínuos como andar, pedalar, ciclismo eventualmente, de acordo com a avaliação, corridinha e leve atividade isométrica, com halteres de baixo peso para as mãos. E, por fim, uma fase final de resfriamento também constituída por exercícios de alongamento7.
Aspectos práticos na prescrição de exercícios
A estratégia de implantação e manutenção do programa de reabilitação cardiovascular deve seguir normas bem estabelecidas, sendo consideradas: freqüência, duração, intensidade e supervisão. Entretanto, é necessário estabelecer, como primeira medida, um elo de confiança com uma franca troca de informações, esclarecendo todo o procedimento com ênfase nos benefícios conquistados ao longo do tempo, visando despertar maior interesse pelo programa6,21. Tal conduta é fundamental na persuasão dos pacientes idosos, em geral, mais cautelosos na adoção de novos procedimentos18.
Os exercícios devem ter uma freqüência de 3 a 5 vezes por semana, com duração de 30 minutos, obedecendo à intensidade estabelecida previamente pelo TE6. Os pacientes com história clínica de DCV devem iniciar o programa de reabilitação sob supervisão médica, mantida até que o paciente aprenda a conhecer os seus limites3,4,21. Quando houver dificuldade de acesso ou financeira, o programa pode ser supervisionado por professor de educação física, porém em pacientes rigorosamente selecionados, clinicamente estáveis e capazes de assimilar os critérios de controle e interrupção da atividade. Nessa circunstância, o acesso a um eventual atendimento de emergência é mais difícil, sendo liberados para exercícios não supervisionados apenas pacientes que não apresentem quadros cardiológicos agudos, déficit inotrópico ao TE, HA refratária, baixa fração de ejeção, doenças metabólicas descompensadas, angina instável, arritmias ventriculares complexas (Lown III e IV), obesidade e capacidade aeróbica baixa27.

A atividade física deve ser precedida por uma fase de aquecimento, incluindo alongamento, mobilidade articular e caminhada, indispensáveis principalmente para os idosos, mais susceptíveis às lesões articulares e musculares. O término da sessão deve ser precedido por exercícios de alongamento e por gradativa volta à calma. Algumas recomendações devem ser observadas para uma segura e adequada realização de exercícios26 Quadro 2)27.
A atividade física pode levar a injúrias osteoarticulares mais freqüentemente nos pacientes idosos, em especial nas mulheres, devendo ser evitados os exercícios de alto impacto. Nesses indivíduos, a atividade física deve ser iniciada progressivamente, permitindo gradual adaptação ao esforço muscular e ao impacto articular.
Mesmo após a fase supervisionada, a prescrição do programa de recuperação impõe obediência a critérios que visam dar segurança ao paciente. Os dados obtidos pelo TE orientam a prescrição através do VO2 max e do número de METs alcançados, determinando a FC de equilíbrio.
De uma forma prática, o Quadro 3 correlaciona o nível de intensidade de algumas atividades físicas, mais utilizadas, em METs32.
A equivalência da intensidade do exercício com a queima calórica obtida é fácil de ser compreendida, considerando-se as equivalências abaixo32:
• Caloria – é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1g de água em 1oC, na vizinhança de 15oC, e à pressão constante.
• 1000 calorias = 1 kilocaloria
•5 kilocalorias = 1 litro de oxigênio consumido
• 7000 kilocalorias = 1 kg de gordura
Uma atividade diária de intensidade moderada, durante 30 minutos, consome cerca de 1400 calorias semanais1,33.
A indicação de caminhada representa uma solução prática para idosos e sedentários, mantendo-se o critério do controle da FC antes e imediatamente após33. É aconselhável, entretanto, a associação de exercícios de resistência e de flexibilidade com duração de 15 minutos, gerando melhor condicionamento físico. Nos idosos os exercícios com pequenos pesos colaboram para melhorar o tônus muscular e para preservar a massa óssea, enquanto que os exercícios de alongamento são importantes para melhorar a flexibilidade.
Até a década de 90, no século passado, os exercícios de resistência não eram incluídos nos manuais de reabilitação, embora há muito tenham sido reconhecidos como meio de manutenção de força muscular, desenvolvimento de elasticidade e resistência, com ganho de massa muscular. Os benefícios dos exercícios de resistência são diferentes daqueles obtidos com os aeróbicos, entretanto, hoje indicados em todas as idades18.

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sábado, 9 de julho de 2016

Investments that Work for Physical Activity


British journal of sports medicine

http://bjsm.bmj.com/content/46/10/709.full
  • NON COMMUNICABLE DISEASE PREVENTION

Investments that Work for Physical Activity

Physical inactivity is the fourth leading cause of deaths due to non-communicable disease (NCDs) worldwide - heart disease, stroke, diabetes and cancers - and each year contributes to over three million preventable deaths.1 Physical inactivity is related (directly and indirectly) to the other leading risk factors for NCDs such as high blood pressure, high cholesterol and high glucose levels; it underpins the recent striking increases in childhood and adult obesity, not only in developed countries but also in many developing countries. Substantial scientific evidence supports the importance of physical inactivity as a risk factor for NCD independent of poor diet, smoking and alcohol misuse.
Physical activity has comprehensive health benefits across the lifespan: It promotes healthy growth and development in children and young people, helps to prevent unhealthy mid-life weight gain, and is important for healthy ageing, improving and maintaining quality of life and independence in older adults. The most recent global estimates indicate that 60% of the world population are exposed to health risks due to inactivity.2 Increasing population-wide participation in physical activity is a major health priority in most high and middle income countries and is a rapidly-emerging priority in lower income countries experiencing rapid social and economic transitions.
Whole-of-community approaches where people live, work and recreate have the opportunity to mobilize large numbers of people.
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The Toronto Charter foi Physical Activity: A Globa Call to Action (May 2010 outlines the direct health benefits and co benefits of investing in policies and programs to increase levels of physical activity.3 Already translated into 11 languages, the Toronto Charter makes a strong case for increased action and greater investment on physical activity as part of a comprehensive approach to NCD prevention. The Charter was developed with extensive world-wide stakeholder consultation and calls for action in four key areas consistent with the WHO Global Strategy for Diet and Physical
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Activity: 1) national policy; 2) policies and regulations; 3) programs and environments; and 4) partnerships.
There is strong evidence to guide the implementation of effective approaches to increase physical activity.4,5,6 Reversing downward trends in physical activity will require countries to commit to a combination of strategies aimed at the individual, social-cultural, environmental and policy determinants of inactivity. Physical activity is influenced by policies and practices in education, transportation, parks and recreation, media, and business, so multiple sectors of society need to be involved in the solutions. There is the clear need to inform, motivate and support individuals and communities to be active in ways that are safe, accessible and enjoyable. There is no one single solution to increasing physical activity, an effective comprehensive approach will require multiple concurrent strategies to be implemented. To support countries ready to respond, there are seven “best investments” for physical activity, which are supported by good evidence of effectiveness and that will have worldwide applicability.

Best Investments for Physical Activity

1. ‘Whole-of-school’ programs

Schools can provide physical activity for the large majority of children and are an important setting for programs to help students develop the knowledge, skills and habits for life-long healthy and active living. A ‘whole of school’ approach to physical activity involves prioritizing: regular, highly-active, physical education classes; providing suitable physical environments and resources to support structured and unstructured physical activity throughout the day (e.g., play and recreation before, during and after school); supporting walk/cycle-to-school programs and enabling all of these actions through supportive school policy and engaging staff, students, parents and the wider community. More information on the best approaches to implement whole of school approaches to physical activity is available from:
  • Ribeiro IC, Parra DC, Hoehner CM, Soares J, Torres A, Pratt M, et al. School-based physical education programs: evidence-based physical activity interventions for youth in Latin America. Global Health Promotion; 17(2): 5-15; 2010.
  • International Union of Health Promotion and Education (IHUPE). Achieving Health Promoting Schools: Guidelines for Promoting Health in Schools.2009 http://www.iuhpe.org
  • World Health Organisation. School policyframework: Implementation of the WHO global strategy on diet, physical activity and health. Geneva: World Health Organization; 2008.
Support structured and unstructured physical activity throughout the day …
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2. Transport policies and systems that prioritise walking, cycling and public transport

‘Active transport’ is the most practical and sustainable way to increase physical activity on a daily basis; also increased active transport will achieve co-benefits such as improved air quality, reduced traffic congestion, and reduced CO2 emissions. Increasing active transport requires the development and implementation of policies influencing land use and access to footpaths, bikeways and public transport, in combination with effective promotional programs to encourage and support walking, cycling and use of public transport (e.g.trains, trams and buses) for travel. This combination of strategies can shift mode choice away from personal motorised vehicles and increase physical activity. Examples of successful actions are available worldwide. More information on the best approaches to increase non-motorised transport is available from:
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  • Pucher J, Dill J, Handy S. Infrastructure, programs, and policies to increase bicycling: An international review. Prev Med; 50: S106-S125; 2010.
  • An Australian Vision for Active Transport. A report prepared by Australian Local Government Association, Bus Industry Confederation, Cycling Promotion Fund, National Heart Foundation of Australia, International Association of Public Transport. 2010.http://www.alga.asn.au/policy/transport/ActiveTransport.pdf
  • World Health Organization; A physically active life through everyday transport with a special focus on children and older people and examples and approaches from Europe. WHO Regional Office for Europe, Copenhagen 2002.
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3.Urban design regulations and infrastructure that provides for equitable and safe access for recreational physical activity, and recreational and transport-related walking and cycling across the life course

The built environment provides opportunities for or barriers to safe, accessible places for people to be involved in recreation, exercise, sports, walking and cycling. National, regional, and local urban planning and design regulations should require mixed-use zoning that places shops, services, and jobs near homes, as well as highly connected street networks that make it easy for people to walk and cycle to destinations. Access to public open space and green areas with appropriate recreation facilities for all age groups are needed to support active recreation. Complete networks of footpaths, bikeways, and public transit support both active travel and active recreation. More information on the best approaches to creating urban environments that support physical activity is available from:
  • National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) Promoting and creating built or natural environments that encourage and support physical activity. London, UK 2008.http://www.nice. org.uk/nicemedia/live/11917/38983/38983.pdf
  • Heath GW, Brownson RC, Kruger J, Miles R, Powell K, RamseyLT. The effectiveness of urban design and land use and transport policies and practices to increase physical activity: A systematic review. J Phys Act Health; 3(S1): S55-S76; 2006.
  • Healthy Spaces & Places: A national guide to designing places for healthy living. Developed by the Australian Local Government Association, the National Heart Foundation of Australia and the Planning Institute of Australia and funded by the Australian Government Department of Health and Ageing, August 2009. http://www.healthyplaces.org.au

4.Physical activity and NCD prevention integrated into primary health care systems

Doctors and health care professionals are important influencers of patient behaviour and key initiators of NCD prevention actions within the heath care system and can influence large proportions of the population. Health care systems should include physical activity as an explicit element of regular behavioural risk factor screening for NCD prevention, patient education and referral. Positive messages about physical activity are important for primary and secondary prevention. Opportunities for NCD prevention should be integrated with communicable disease management systems, tailored to the context and resources available. The focus should be on practical brief advice and links to community- based supports for behaviour change. Most countries will require additional training of health professionals to build competencies in NCD prevention through behavioural risk factor modification and physical activity. More information on the best approaches to promoting physical activity through primary health care is available from:
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  • Joint Advisory Group on General Practice and Population Health. Integrated approaches to supporting the management of behavioural risk factors of Smoking, Nutrition, Alcohol and Physical Activity (SNAP) in General Practice. Australian Government Department of Health and Ageing, Canberra 2001. http://www.cphce.unsw.edu. au/cphceweb.nsf/resources/CGPISresources 61to65/$file/SNAP+ Framework + for + General + Practice.pdf
  • Mendis S. The policy agenda for prevention and control of non- communicable diseases. Br Med Bull; 96(1): 23-43; 2010.
  • World Health Organization. The world health report 2008: primary health care now more than ever. Geneva, Switzerland: World Health Organization; 2008.

5. Public education, including mass media to raise awareness and change social norms on physical activity.

Mass media provide an effective way to transmit consistent and clear messages about physical activity to large populations. In most countries, physical activity promotion is absent from mass media. Both paid and non-paid forms of media can be used to raise awareness, increase knowledge, shift community norms and values and motivate the population to be more active. Public education can involve print, audio and electronic media, outdoor billboards and posters, public relations, point of decision prompts, mass participation events, mass distribution of information as well as new media such as text messaging, social networking and other uses of the internet. Combinations of approaches, supported by community-based events and community engagement and which are sustained over time, are most effective in building health literacy and changing community values. More information on the best approaches to mass media and public education is available from:
  • Wakefield M, Loken B, Hornik R. Use of mass media campaigns to change health behaviour. The Lancet; 376:1261-1271; 2010.
  • Bauman A, Chau J. The role of media in promoting physical activity. J Phys Act Health; 6: S196-S210; 2009.
  • Health Development Agency. The effectiveness of public health campaigns. Briefing No. 7, June 2004. http://www.nice.org.uk/ niceMedia/documents/CHB7-campaigns-14-7.pdf
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6. Community-wide programs involving multiple settings and sectors and that mobilize and integrate community engagement and resources

Whole-of-community approaches to physical activity across the life course will be more successful than a single program to increase population levels of physical activity. Using key settings, such as cities, local governments, schools and workplaces provides the opportunity to integrate policies, programs and public education aimed at encouraging physical activity. Whole-of-community approaches where people live, work and recreate have the opportunity to mobilize large numbers of people. There are good examples of success from high and middle income countries. More information on the best approaches for community wide programmes is available from:
  • Matsudo SM, Matsudo VR, Araujo TL et al. The Agita Sao Paulo Program as a model for using physical activity to promote health. Rev Panam Salud Publica;14:265-272; 2003.
  • Matsudo V, Matsudo S, Araujo T et al. Time trends in physical activity in the State of Sao Paulo, Brazil:2002-2008. Med Sci Sports Exerc 2010; doi 10.1249/MSS.0b013ec3181c1fc8c.
  • Gamez R, Parra D, Pratt M et al. Muevete Bogota: promoting physical activity with a network of partner companies. Promot Educ; 13:138-143; 2006.
  • Maddock J, Takeuchi L, Nett B et al. Evaluation of a statewide program to reduce chronic disease: The Healthy Hawaii Initiative, 2000-2004. Evaluation and Program Planning; 29:293-300; 2006. DOI: 10.1016/j.evalprogplan.2005.12.007.
  • Brown WJ, Mummery K, Eakin E et al. 10,000 Steps Rockhampton: Evaluation of a whole community approach to improving population levels of physical activity J Phys Act Health; 3:1-14; 2006.
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7. Sports systems and programs that promote ‘sport for all’ and encourage participation across the life span

Sport is popular worldwide and increased participation in physical activity can be encouraged through implementation of community sport or ‘Sport for All’ policy and programs. Building on the universal appeal of sport, a comprehensive sport system should be implemented that includes the adaption of sports to provide a range of activities to match the interests of men and women, girls and boys of all ages, in addition to well coordinated coaching and training opportunities. However, providing enjoyable physical activity needs to be an explicit priority of sports programs. Implementation should involve partnerships between International Sports Federations, National Olympic Committees and national/ regional sporting organisations along with community-based clubs and other sports providers. The sport and fitness industries are large world wide businesses and a potentially influential communication medium. Sports stars can act as role models and promote participation, but such promotional initiatives are not sufficient in themselves. Organizations can promote physical activity through supportive policies and programs that reduce social and financial barriers to access and participation, and increase motivation to be involved, including in individuals with mental or physical disabilities. More information on the sport systems and Sport for All are available from:
Investments that work for Physical Activity is a complementary document to the Toronto Charter for Physical Activity and identifies seven best investments to increase population levels of physical activity which, if applied at sufficient scale will make a significant contribution to reducing the burden of non-communicable diseases and promote population health. In addition, these investments will contribute to improving the quality of life and the environments in which we live.
Citation: Global Advocacy for Physical Activity (GAPA) the Advocacy Council of the International Society for Physical Activity and Health (ISPAH). NCD Prevention: Investments that Work for Physical Activity. Br J Sports Med 2012;46:8;70 9- 7 12. Also Available from:www.globalpa.org.uk/investmentsthatwork

References