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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pseudoartrose

Pseudoartrose: osso que não consolidou


Pseudoartrose é nome dado a não consolidação de uma fratura. Dito de outra maneira, existem algumas ocasiões em que as fraturas de ossos longos das pernas e dos braços não saram, dentro dos prazos certos. Após um trauma, quando o osso quebra, forma-se dois seguimentos de ossos, e se não existir nada (gordura, restos de balas, fragmentos de músculos, etc..) entre eles a tendência é eles se unirem ou soldarem. Forma-se o que se chama de calo ósseo. Para isso, é importante que a circulação sangüínea esteja ocorrendo normalmente no local e o osso deve ficar em repouso, por isso que ele é engessado. Mas, se após 3 a 6 meses, não houver essa solidificação, é o que denomina-se de pseudoartrose. Os dois pedaços de ossos têm movimentos e a imagem na radiografia parece com uma artrose de uma articulação, que é um desgaste da cartilagem. Mas aí não existe cartilagem, pois na realidade não é uma articulação. Qualquer pessoa pode ter a pseudoartrose, independente da idade, parece que existe também um componente genético. A neurofibromatose é uma doença genética com lesões na pele (manchas "café-com-leite"), e nos nervos, as extremidades ósseas no foco da pseudoartrose são atróficas, lembrando uma ampulheta. Crianças que nascem com o pé torto, podem ter pseudoartrose. Usa-se um tratamento clínico de estímulo nos cotos ósseos de ultra-som ou ondas eletromagnéticas, mas, a pseudoartrose quase sempre necessita de uma intervenção cirúrgica para corrigir o problema.
J. W. Simmons e colaboradores, cirurgiões de coluna, do Hospital de Galveston, no Texas, relataram a presença de uma pseudoartrose na coluna lombar de 100 pacientes, que foram operados da coluna lombar. Os pacientes tinham dores, e suspeita de hérnia de disco, e os ortopedistas operaram a coluna, realizando uma cirurgia chamada de fusão, colocando um enxerto ósseo, no local para estabilizar (imobilizar a coluna). O enxerto não soldou na vértebra e os pacientes passaram a ter dores locais. Os autores para não operar novamente esses pacientes empregaram estímulos eletromagnéticos, depois de 9 meses da cirurgia inicial. As sessões eram de 2 horas, e os pacientes ficavam deitados sob a ação dessa máquina, que age externamente, estimulando o osso a se fundir. O tratamento durou ao menos 90 dias e em 67% dos pacientes foi bem sucedido. Nos pacientes que fumam (tem circulação sanguínea pior) e os que fizeram várias fusões ao mesmo tempo os resultados foram piores. Os autores afirmam que deve-se sempre tentar esse método antes de operar novamente a pseudoartrose.




Fonte :: Am J Orthop. 2004 Jan;33(1):27-30

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