Fonte:http://www.aped-dor.com/images/FactSheets/DorMusculoEsqueletica/pt/Osteoporosis.pdf
© 2009 International Association for the Study of Pain®
Tradução: Dr. João Batista Santos Garcia
Introdução
A osteoporose é uma doença sistêmica caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração da
microarquitetura do tecido ósseo, levando à fragilidade e maior susceptibilidade a fraturas do quadril, coluna e
punho. Devido à sua importante prevalência no mundo, a osteoporose é considerada um grave problema de
saúde pública associada com incapacidade e dor.
Epidemiologia e aspectos económicos
• Osteoporose afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo inteiro.
• Um em cada três mulheres e um em cada oito homens irá desenvolver a osteoporose.
• O risco combinado de fraturas de quadril, antebraço e vértebras causando repercussão clínica é de
cerca de 40%, o que é equivalente ao risco de doenças cardiovasculares.
• Em mulheres acima de 45 anos de idade, a osteoporose é responsável por mais dias de permanência
em hospital do que doenças como o infarto, diabetes, e câncer de mama.
• Nos Estados Unidos, a osteoporose gera mais de 44 milhões de pacientes-dia em casas de repouso e
gastos anuais de cuidados de saúde em torno de 13,8 bilhões de dólares.
• Fraturas vertebrais são um componente significativo de osteoporose. As fraturas osteoporóticas
normalmente ocorrem na região central da coluna vertebral (vértebras torácicas e lombares) durante as
fases iniciais da doença. Novas fraturas são mais prováveis de ocorrer em vértebras adjacentes àqueles
com fraturas.
• As fraturas vertebrais podem ser acompanhadas por início agudo de dor, que pode desaparecer ou
tornar-se crônica.
Fisiopatologia
A fisiopatologia da osteoporose é um desequilíbrio entre a reabsorção e formação óssea. A reabsorção óssea
ocorre em maior medida do que a formação, portanto, um saldo negativo ocorre com uma perda líquida de osso
e um risco que acompanha o aumento de fraturas, resultando em deformidade e dor crônica.
A dor nociceptiva é considerada crônica quando ele está presente há pelo menos 3 meses.
O desequilíbrio entre a formação óssea e reabsorção óssea pode ocorrer como resultado de um ou da
combinação de um dos seguintes fatores
• aumento da reabsorção óssea dentro de uma unidade de remodelação
• diminuição da formação óssea dentro de uma unidade de remodelação (acoplamento incompleto).
Características Clínicas
• Osteoporose é chamada de "doença silenciosa", pois a perda óssea, por si só não causa qualquer
sintoma. Os pacientes podem ser assintomáticos por anos, até fraturas começam a ocorrer. A maioria
das dores crônicas típicas da osteoporose resulta de fraturas, que podem se desenvolver após trauma
mínimo ou inaparente e até na sua ausência.
• A compressão de múltiplas fraturas torácicas eventualmente pode causar cifose dorsal, com exagerada
lordose cervical (“corcunda da viúva”). Excesso de estresse sobre os músculos e ligamentos espinais
causam dor crônica, especialmente na região lombar baixa.
• Dor lombar associada com fraturas vertebrais é um dos fatores que afetam de forma mais importante a
qualidade de vida.
Critérios diagnósticos
A osteoporose é caracterizada pela baixa densidade mineral óssea. No entanto, como é largamente
subdiagnosticada, o primeiro sintoma clínico é muitas vezes uma fratura da coluna ou quadril.
Diagnóstico e Tratamento
• A osteoporose é diagnosticada através da medição da densidade mineral óssea por meio de uma
varredura do osso (Dual Energy X-ray Absorptiometry scan [DEXA-scan]) ou pela presença de uma
fratura na coluna ou no quadril.
• A intensidade da dor nociceptiva pode ser medida utilizando-se uma escala de avaliação numérica.
• As metas fundamentais no manejo de pacientes com osteoporose são a prevenção de fraturas,
diminuição da dor, quando presente, e manter a função. Uma combinação de opções deve ser usada,
incluindo não só intervenções médicas, mas também a terapia física (incluindo TENS), apoio psicológico
e exercício.
• As opções incluem:
o mudanças no estilo de vida;
o regimes de exercício adaptados às capacidades individuais do paciente (ou seja, a intensidade /
resistência do exercício talvez precise ser ajustada para a densidade mineral óssea);
o suplementos nutricionais (vitamina D e cálcio);
o medicações comprovados para parar a perda óssea e finalmente analgésicos, tais como,
i. Analgésicos simples
ii. Anti-inflamatórios não esteróides
iii. Os antidepressivos tricíclicos, inibidores da recaptação da serotonina e anticonvulsivantes
iv. Opióides fortes
Referências
1. Riggs BL, Melton LJ III. The worldwide problem of osteoporosis: insights afforded by epidemiology. Bone
1995;17(Suppl):505–11.
2. Francis RM, Aspray TJ, Hide G, Sutcliffe AM, Wilkinson P. Back pain in osteoporotic vertebral fractures. Osteoporos Int
2008;19:895–903.
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