Fonte: http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2016-03-06-Os-duros-efeitos-secundarios-de-340-dias-no-espaco
Para mim, a adaptação ao espaço é mais fácil do que a adaptação à Terra", confessou o veterano da NASA, em conferência de imprensa, na sexta-feira, três dias depois de regressar de uma missão - a sua quarta - de um ano.
Para mim, a adaptação ao espaço é mais fácil do que a adaptação à Terra", confessou o veterano da NASA, em conferência de imprensa, na sexta-feira, três dias depois de regressar de uma missão - a sua quarta - de um ano.
A readaptação à vida Terra pode ser uma experiência traumática. Que o diga o astronauta norte-americano Scott Kelly, recém-chegado de quase um ano na Estação Espacial Internacional. E o basquetebol para já, diga-se, é para esquecer...
"Para mim, a adaptação ao espaço é mais fácil do que a adaptação à Terra", confessou o veterano da NASA, em conferência de imprensa, na sexta-feira, três dias depois de regressar de uma missão - a sua quarta - de um ano.
Scott Kelly relata "uma certa dose de dores [musculares] e fadiga" e dá conta de um outro efeito secundário: a sensibilidade excessiva da pele. No espaço, o contacto com objetos comuns na Terra como cadeiras, é muito reduzido. Agora, sente uma espécie de "sensação de queimadura" sempre que se senta, deita-se ou mesmo até quando simplesmente anda.
O astronauta refere ainda que o jeito para o basquetebol também sofreu... "Tentei lançar umas bolas ontem e não acertei nenhuma. Não que eu seja um bom jogador de basquete, de qualquer forma", gracejou, na conferência de imprensa.
A culpa desta falta de coordenação, a que se junta a tendência para deixar cair coisas, têm um culpado: a gravidade da Terra.
Os cientistas da NASA esperam agora aprender mais sobre os efeitos de uma estada prolongada no espaço através do corpo de Scott Kelly. Com o astronauta ainda no espaço, a agência pediu-lhe que recolhesse amostras de sangue em períodos diferentes da missão, enquanto o irmão gémeo de Scott, Mark Kelly, servia de controlo na Terra. Muitas dessas amostras continuam no espaço e só chegarão, a bordo de uma cápsula, em maio.
Ao todo, deverá demorar um ano até ser possível recolher todas as amostras para análise e Scott continuará a ser monitorizado para ver como se adapta ao regresso a terra firme.
Com estes dados, a NASA espera poder preparar melhor astronautas para uma viagem a Marte.
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