Os cientistas nunca conseguiram explicar convenientemente por que estalam as articulações dos dedos das mãos. Até agora. Utilizando sistemas de ressonância magnética, é possível ver o que se passa.
Fotografia © Revista Wired, Gregory Kawchuk, University of Alberta/PLOS Media
A origem dos estalos nas articulações, como por exemplo dos dedos das mãos, tem sido motivo de debate há décadas, com os cientistas sem conseguirem obter elementos objetivos suficientes para criar uma teoria bem sustentada.
A origem dos estalos nas articulações, como por exemplo dos dedos das mãos, tem sido motivo de debate há décadas, com os cientistas sem conseguirem obter elementos objetivos suficientes para criar uma teoria bem sustentada.
A tese mais comum é a do rebentamento de bolhas de ar que se formariam no fluido sinovial que "lubrifica" as articulações. Mas um estudo publicado ontem na revista científica PLOS One parece mostrar que, na realidade, acontece exatamente o contrário.
Utilizando um sistema de ressonância magnética que permite ver o interior do corpo mesmo quando este está em movimento, os cientistas encontraram provas de que o estalo acontece quando os ossos se afastam, formando-se uma cavidade que se enche de gás.
O fenómeno foi gravado em vídeo, que a revista Wired transformou na imagem animada que aqui reproduzimos:
Como escreve a Wired, os investigadores da Universidade de Alberta por trás da investigação tiveram primeiro de encontrar um paciente que fosse capaz de estalar as articulações dos dedos sempre que quisesse - que não tivesse o período refratário que a maioria das pessoas tem, durante o qual o estalido não é produzido.
A imagem acima permite ver a criação de uma bolha de gás, provavelmente nitrogénio, através de um processo chamado cavitação, logo que os ossos começam a separar-se. Será esta formação rápida de bolhas de gás que provoca o estampido, não o seu colapso.
É que, quando a articulação regressa ao normal faz desaparecer a bolha, mas o estalido acontece antes deste momento.
Ainda não é absolutamente claro como o processo funciona, nem que consequências exatas pode ter a longo prazo. Será preciso mais tempo de investigação. O que é normal. Em ciência, nada se consegue com um simples estalar de dedos.
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