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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Atividade física no doente hipertenso


AGOSTO 17, 2012   RAQUEL MADEIRA

Muitos estudos revelam a importância que um programa de exercício físico tráz na redução do desenvolvimento da hipertensão arterial (HTA) e na redução do risco para a população que já desenvolve a doença, auxiliando na redução dos valores.
A realização de exercícios regulares e de intensidade moderada (intensidade essa calculada consoante a idade e condição física do praticante mas que deve estar por volta dos 65% a 75 % da frequência cardíaca de reserva) leva a uma redução significativa e duradoura da pressão arterial sistólica (máxima) e diastólica (mínima). O exercício físico regular também permite reduzir a dose de fármacos utilizados no controlo da doença e melhora da qualidade de vida do praticante, claro está associado também a um programa nutricional adequado e rico em vegetais e frutas e pobre em gorduras saturadas, açúcar e principalmente sal.
Segue uma tabela que indica os valores aos quais devemos estar atentos para saber onde se situa a sua pressão arterial e se necessita de algum cuidado extra.
Categoria
Tensão   arterial sistólica
Tensão   arterial diastólica
Normal
120-129 mmHg
80-84 mmHg
Normal – alta
130-138 mmHg
85-89 mmHg
Hipertensão   grau I
140-159 mmHg
90-99 mmHg
Hipertensão   grau II
˃ 160 mmHg
˃ 100 mmHg
Os benefícios da atividade física regular para o bem-estar geral (físico e mental) de cada individuo devem-se às atitudes adotadas pelos programas de exercícios físicos.
Há uma grande probabilidade que a menor prevalência de problemas coronários e a maior longevidade das pessoas ativas em relação às sedentárias se devam tanto a efeitos diretos e intrínsecos de atividade física como a outros indiretos.
Relativamente ao tipo de exercício deve-se optar por exercícios aeróbios como marcha, corrida, natação, ciclismo, ténis etc que podem ser contínuas ou intervaladas pois ambas trazem benefícios cardiovasculares a este tipo de pacientes. A melhor condição física é resultado da capacidade funcional dos pulmões, maior eficiência muscular, melhor transporte de oxigénio, devido a uma capacidade aeróbia mais desenvolvida, e diminuição da resistência oposta pelas artérias ao esvaziamento do coração.
A prescrição de atividade física para a população hipertensa deve conter algumas características tais como:
  • Frequência: todos os dias ou 3- 4 vezes semana
  • Duração: 20-30 minutos diários ou 45-60 minutos quando 3-4 vezes semana
  • Intensidade: moderada, de 50 a 80 % da FC máx (frequência cardíaca máxima) segundo a condição física, idade e grau de treino do praticante.
  • Tipo de exercício: exercício cardiovascular como marcha, corrida, natação, ciclismo etc contínuo ou intervalado, exercícios de fortalecimento muscular que envolvam grandes massas musculares com o peso do corpo ou resistências moderadas.
  • Cuidados gerais: verificar a pressão arterial diariamente para quem é hipertenso e nunca treinar quando esta estiver mais elevada que 160- 100 mmHg, evitar exercícios acima do nível dos ombros com cargas altas e exercícios resistidos como pranchas (apenas curtos períodos de tempo-alguns segundos)
 Running e hipertensão
Quando a hipertensão está controlada, uma atividade física como a corrida por exemplo é recomendada, desde que a pessoa não apresente sinais de lesões em órgão importantes como o coração e os rins.
As corridas regulares e sistemáticas podem reduzir a pressão arterial e proporcionar vários outros benefícios, a diminuição do peso corporal é um deles. Porém, as atividades devem respeitar alguns limites, acredita-se que trabalhos realizados a uma intensidade entre 50% e 70% da frequência cardíaca máxima, com duração de 30 a 50 minutos, e a uma frequência de três a cinco vezes por semana, são capazes de reduzir a pressão arterial em indivíduos hipertensos.
Práticas regulares de atividade aeróbias geram inúmeras adaptações fisiológicas e acarretam benefícios para o hipertenso:
* reduz a tensão arterial em repouso,
* reduz a tensão arterial durante o exercício,
* emagrrecimento,
* elevação do HDL (bom colesterol),
* diminuição do LDL (mau colesterol),
* perda de sal e água através da sudorese,
* diminuição da viscosidade do sangue,
* redução do tônus simpático, com a redução da concentração de adrenalina no sangue e melhora na frequência cardíaca,
* efeito psicológico favorável de “bem estar”,
* estudos mostram que na hipertensão do obeso, o exercício físico reduz a insulina que, por sua vez, reduz a absorção de sal no organismo, diminuindo, tanto o peso, como a hipertensão arterial.
Bibliografia: Professor Alex Batalha Machado da Silva- professor de educação física
Raquel Madeira
Personal trainer- virgin Active Oeiras

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