quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fraturas do Calcâneo

Autor: Dr Silvio Maffi
O calcâneo é o maior e mais volumoso osso do pé. Ele forma o calcanhar e suporta grande parte de todo o peso do corpo, principalmente na primeira fase da marcha quando, a cada passo, tocamos primeiramente o chão com a parte detrás do pé. Ele articula-se na face superior com o tálus e na face frontal com o cubóide.
Vários tendões e ligamentos prendem-se ao calcâneo, principalmente o tendão de Aquiles (ou tendão calcâneo) e a fáscia plantar, estruturas fortes e resistentes que transferem a força da perna para o pé e nos impulsionam para frente e para cima quando caminhamos, corremos ou pulamos.
Ele é envolto por uma camada especial de tecido adiposo (gordura) para absorção do impacto, presa por ligamentos que vão do osso até a pele e formam compartimentos que aprisionam essa gordura e impedem que ela se mova para as laterais do pé.
As fraturas do calcâneo são sempre um grande desafio para o ortopedista. São graves e complexas. Corresponde a 2% de todas as fraturas que ocorre no corpo humano e é a mais comum dos ossos do tarso (ossos da porção posterior do pé). Estão relacionadas aos traumas de grande impacto e de intensa energia cinética: quedas de altura e acidentes veiculares são as causas mais comuns e 90% acontecem em homens jovens em idade de trabalho, normalmente trabalhadores industriais ou da construção civil.
O diagnóstico radiológico das fraturas do calcâneo é feito através do raio X de ambos os pés (comparativo) e da tomografia computadorizada, que revela em detalhes os fragmentos e a extensão da fratura, além de possibilitar ao médico classificar a gravidade e planejar o tratamento.
Tomografia Computadorizada
Cerca de 75% dessas fraturas lesam as articulações do calcâneo, são chamadas de fraturas intra-articulares e acometem principalmente a articulação subtalar (articulação entre o calcâneo e o tálus). A articulação subtalar é responsável por parte dos movimentos para dentro e para fora do pé, isto é, movimentos de inversão e eversão. Por isso, esse tipo de fratura leva à diminuição ou perda completa desse movimento. O movimento para cima e para baixo do tornozelo (dorsiflexão e plantiflexão) geralmente não é afetado pelas fraturas do calcâneo.
      
Existem vários problemas associados com as fraturas do calcâneo. Um deles é o alargamento e a deformidade do osso em si. Outro é o afundamento e a irregularidade da articulação subtalar, que leva à artrose (desgaste e degeneração articular), com perda do movimento e dor de intensidade variada.
As fraturas do calcâneo também podem causar lesões da pele do calcanhar pelo grande edema (inchaço) que ocorre, inclusive comprimindo nervos e vasos sanguíneos que passam pela região (ver síndrome compartimental).
Fratura do Calcâneo - Edema Tenso
Fraturas pequenas e sem deslocamentos são menos comuns e podem ser tratadas conservadoramente, isto é, sem a necessidade de cirurgia. A maioria das fraturas, principalmente aquelas com deslocamento e lesão articular, necessitam de intervenção cirúrgica, com o objetivo de restaurar o tamanho e a estrutura do calcanhar.
Restaurar a forma e a dimensão do calcâneo com a maior precisão possível é muito difícil, pois as fraturas complexas possuem muitos fragmentos pequenos, difíceis de reconstituir. Recolocá-los e fixá-los em seu lugar é quase como tentar montar um quebra-cabeça completamente irregular.
O momento ideal para realizar a cirurgia é quando há o mínimo de edema (inchaço) da pele. Pode-se ter que esperar alguns dias com uma imobilização gessada e elevação do membro para que o edema regrida e seja possível o procedimento cirúrgico. Existem botas pneumáticas de compressão intermitente que aceleram esse processo, mas não são facilmente encontradas no Brasil.
O processo de redução e fixação interna é realizado através de uma incisão na parte lateral do calcanhar. O osso é montado e mantido no lugar com uma placa de metal e parafusos diversos. Este procedimento devolve uma forma mais anatômica do osso, diminui a probabilidade de desenvolver artrose e melhora a circulação sanguínea do pé.
     
     
Fixação com Placa e Parafusos                                               Rx Pós-operatório
Todavia, quando o calcâneo é severamente destruído e existem muitos fragmentos pequenos, incapacitando a montagem da articulação subtalar, esta deve ser fusionada. Isto é, o calcâneo é fixado ao tálus definitivamente, evitando assim o desenvolvimento de artrose dolorosa na articulação destruída. Os movimentos de inversão e eversão são perdidos após a fusão subtalar, mas há um retorno mais rápido às atividades e ao trabalho após este tipo de cirurgia (artrodese).
Após a cirurgia, utiliza-se uma bota imobilizadora rígida e o apoio não é permitido por aproximadamente 2 a 3 meses. Os pontos são retirados na segunda ou terceira semana. A fisioterapia e os exercícios para tentar maximizar a função do pé são iniciados após o primeiro mês de pós-operatório. O tempo de recuperação, em média, é de seis meses para esse tipo de fratura, podendo permanecer algum grau de incapacidade definitiva.

Possíveis Lesões Decorrentes da Fratura do Calcâneo:
Na evolução de uma fratura do calcâneo, há muitos problemas potenciais que podem ocorrer. Eles não dependem somente do tipo de tratamento empregado, mas também da gravidade da fratura, do tempo de evolução, das lesões associadas e dos cuidados que o paciente deve ter. Algumas possíveis lesões são:
1. Dor subtalar: Dor na parte detrás do calcanhar, do lado de fora do tornozelo. Ela está presente na articulação do calcanhar (articulação subtalar) e é geralmente causada pelo desgaste e irregularidade (artrose) dessa articulação.
2. Rigidez na articulação subtalar: Independente do tipo de tratamento, existe sempre alguma limitação do movimento para dentro e para fora do pé. Isso é chamado de inversão e eversão. O problema ocorre devido aos danos da superfície da cartilagem da articulação, que é frequentemente associada com a artrose.
3. Alargamento do calcanhar e dificuldade com uso de calçados: Esse problema ocorre principalmente quando a cirurgia não é realizada e o calcâneo permanece deformado.
4. Dor na parte externa do calcanhar e na parte externa do tornozelo: Pode ocorre devido a uma lesão dos tendões (tendões fibulares). Este é um problema comum quando a cirurgia não é realizada e ocorre devido ao alargamento do osso do calcanhar, que comprime e machuca os tendões fibulares.
5. Dor plantar: Pode ser um problema grave e de difícil tratamento, principalmente quando a gordura da planta do pé sofre traumatismo ou ferimento no momento do trauma.
6. Dor e ardência plantar e na parte interna do pé: Isso pode ocorrer como resultado do alargamento do calcanhar na porção interna do pé e é provocada pela irritação do nervo tibial, chamada de síndrome do túnel do tarso.

Tratamento da Artrose da Articulação do Calcanhar (Artrose Subtalar):
A artrose da articulação subtalar causa rigidez da parte detrás do pé, dificultando a acomodação do pé ao solo e causando dor na parte externa e na lateral do tornozelo. Andar em terreno irregular é difícil, pois o movimento de inversão e eversão estão bloqueados ou muito limitados.
O tratamento sem cirurgia pode ser feito com o uso de medicação antinflamatória, fisioterapia e infiltração de corticóide na articulação subtalar, além do uso órteses para sustentação e imobilização da articulação desgastada.
O tratamento cirúrgico é indicado caso a dor seja incapacitante e dificulte o paciente para retornar ao trabalho e à atividade diária. Há diferentes tipos de cirurgia que podem ser executadas, determinadas pela gravidade da deformidade, o grau de artrose e outras alterações concomitantes.
Normalmente a fusão da articulação dolorosa, chamada de artrodese, alivia a dor e promove uma melhor condição para o paciente. Quando permanece o alargamento do calcanhar, causando ou não dor nos tendões fibulares, pode-se associar a osteotomia lateral (corte ósseo lateral) juntamente com a artrodese.
Quando a deformidade do calcanhar é grave, a fusão da articulação subtalar não é o suficiente, podendo ser necessário o uso de enxerto ósseo, retirado do próprio paciente, para reconstruir uma dimensão e uma forma mais aceitável anatomicamente.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Compressão do nervo cubital


A compressão do nervo cubital ocorre quando este nervo é pressionado em algum ponto ao longo do seu trajecto. Quando isto acontece, o nervo não funciona normalmente.
O nervo cubital é um dos três principais nervos do braço. Ele passa sob a clavícula e pela parte interna do braço, passando por um túnel de tecido fibroso (do túnel cubital), na face posterior e medial do cotovelo. Nesta zona poderá sentir o nervo através da pele. Abaixo do cotovelo, o nervo passa sob os músculos do lado de dentro do antebraço e na mão do lado o dedo mindinho, na palma da mão. Na mão o nervo passa através de outro túnel fibroso, o canal de Guyon.
As suas funções são dar sensibilidade ao dedo mínimo e a metade do dedo anelar. Ele também controla a maioria dos pequenos músculos na mão que ajuda aos movimentos finos, e alguns dos maiores músculos do antebraço que ajudam a fazer uma preensão forte.
O local mais comum onde o nervo é comprimido é por trás do cotovelo. Mais raramente poderá ficar comprimido no punho, abaixo da clavícula, ou quando sai da medula espinhal no pescoço.
Não se sabem exactamente as causas da compressão do nervo cubital, no entanto, alguns factores podem tornar a compressão mais provável:
  • Fracturas prévias do cotovelo
  • Esporões ósseos
  • Inchaço da articulação do cotovelo
  • Quistos
  • Um golpe directo sobre a parte interna do cotovelo, inclinar-se sobre o cotovelo durante períodos prolongados, ou actividades repetitivas que requerem o cotovelo dobrado podem lesar ainda mais o nervo se ele já está a ser pressionado.
  • Se a compressão do nervo cubital se dá no punho, a causa é mais provável é que seja um quisto no canal de Guyon. 

Sinais e sintomas/ Diagnóstico

“Adormecimento” no dedo anelar e mindinho, especialmente quando o cotovelo está dobrado. Poderá ser uma dor aguda na parte interna do cotovelo. Em alguns casos, pode ser mais difícil mover os dedos ou manipular objectos. Algumas pessoas acordam durante a noite com os dedos dormentes.
Pode ocorrer perda de força de preensão e dificuldade de coordenação dos dedos (como teclar ou tocar um instrumento).
Nos casos mais graves pode observar-se perda de massa muscular na mão.
Síndrome do túnel cárpico tem sintomas semelhantes, mas envolve um nervo diferente (nervo mediano). Síndrome do túnel cárpico normalmente causa formigueiro no polegar, dedo indicador e o dedo médio.
As lesões nervosas podem ser classificadas segundo a sua gravidade em:
Neuropraxia: um episódio transitório de paralisia motora completa com comprometimento sensitivo ligeiro. Geralmente é secundária a uma pressão mecânica transitória. Uma vez que esta é aliviada, o retorno da função é total.
Axonotmese: uma lesão mais grave, envolvendo perda de continuidade do axónio com a manutenção da continuidade da bainha de Schwann. Há comprometimento motor e sensorial, podendo observar-se atrofia do músculo desnervado. A recuperação depende de uma série de factores, incluindo a remoção atempada da compressão e regeneração axonal.
Neurotmese: é o nível mais grave de lesão. Implica a perda total da continuidade do axónio e da bainha de Schwann. A recuperação raramente é completa, e o valor da perda só pode ser determinado ao longo do tempo.
O diagnóstico de uma compressão do nervo cubital é normalmente clínico, baseando-se nos sintomas, na história clínica e no exame físico ao doente. O seu médico poderá pedir um raio-X para descartar fracturas doolecrâneo ou a presença de esporões ósseos. Se houver dúvida sobre o local onde o nervo está a ser comprimido poderá ser pedida uma electromiografia, um teste realizado com agulhas que irá determinar a velocidade de condução nervosa em diferentes pontos do nervo através da velocidade de resposta do músculo enervado por esse nervo.

Tratamento

A menos que haja uma grande perda de massa muscular, o tratamentoconservador será provavelmente o tratamento de eleição numa fase inicial. Este deve incluir:
Aconselhamento do doente: Evitar posições mantidas em flexão do cotovelo; correcção ergonómica da posição de trabalho; evitar apoiar-se ou colocar pressão sobre os cotovelos; evitar por exemploconduzir com o braço apoiado na janela.
Aplicação de uma tala nocturna ou almofada de forma a evitar a flexão do braço.
Anti-inflamatórios não-esteróides poderão ser prescritos pelo seu médico para aliviar a irritação do nervoSuplementos de vitamina B-podem ser úteis para sintomas leves.
Exercícios específicos de mobilização e estiramento nervoso poderão ser benéficos para diminuir a pressão sobre o nervo e melhorar a condução nervosa.
Nos casos mais graves, de neurotemese, a cirurgia pode ser indicada. Os critérios para indicação cirúrgica são:
  • Não haver melhoria nos sintomas após 6-12 semanas detratamento conservador
  • Paralisia ou parésia progressivas.
  • Evidência clínica de uma lesão de longa evolução (por exemplo,perda de massa muscular)

O tratamento cirúrgico para lesões do cotovelo inclui a transposiçãocirúrgica do nervo e descompressão do túnel cubital.

Exercícios terapêuticos para a compressão do nervo cubital

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma compressão do nervo cubitalDeverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia eapenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.


 

Mobilização do plexo braquial
Em pé, com a mão apoiada na parede atrás de si. Estique o cotovelo e incline e rode a cabeça para o lado contrário ao que está a mobilizar.
Repita entre 15 e 30 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. 


Fortalecimento do tricípite
Com o cotovelo a 90o e encostado ao tronco, e o punho fechado. Com a outra mão ofereça resistência, impedindo o antebraço de se mover. Faça força para esticar o cotovelo. Mantenha a pressão por 8 segundos.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. 







 Extensão da coluna torácica
Sentado, com as mãos atrás da cabeça. Inspire fundo enquanto roda os cotovelos para fora e alonga o tronco nas costas da cadeira. Expire lentamente, retornando à posição inicial.
Repita entre 15 a 30 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.






Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

Fraturas do tálus ou astrágalo

O osso astrágalo (ou tálus) localiza-se no médio-pé e articula-se atrás com o calcâneo, do lado externo com o cubóide e à frente com os 3 coneiformes. Este osso desempenha um papelimportante na manutenção da arcada plantar.
As fracturas do astrágalo podem ser:
Fracturas arrancamento: são as mais comuns e têm geralmente associadas lesões ligamentares, como resultado de uma força de torção brusca aplicada ao médio-pé. Essas fracturas são comummente tratadas de forma conservadora, com excepção da fractura arrancamento da inserção do tendão tibial posterior (fractura da tuberosidade), que deveser reparada cirurgicamente, especialmente se odeslocamento do fragmento ósseo for superior a 1 cm.
Fracturas do corpo do astrágalo: estão geralmente associadas a outras lesões da articulação médio-társica. Podem ser classificadas em:
  • Tipo 1 é uma fractura do corpo do astrágalo sem luxação.
  • Tipo 2 é uma fractura oblíqua com luxação medial do médio-pé.
  • Tipo 3 é uma fractura cominutiva com deslocamento lateral e ante-pé.

Todas as fracturas do corpo do astrágalo com 1 mm ou mais de deslocamento exigem a redução aberta e fixação interna.
Fracturas de stress: são geralmente associadas à prática desportiva, principalmente em jovens atletas do sexo masculino. Estas fracturas são problemáticas porque não são evidentes nas radiografias simples, o que leva muitas vezes a um atraso no diagnósticoque pode resultar em dorincapacitante prolongadaNum estudo recente o tempo médio para o diagnóstico e tratamento de uma fractura de stress do astrágalo rondou os 4 meses.


Sinais e sintomas/ Diagnóstico

  • Sensibilidade no dorso do pé, do lado interno logo abaixo da linha do tornozelo.
  • Dor com os movimentos de eversão passiva e inversão activa
  • Leve inchaço no dorso do pé, do lado interno logo abaixo da linha do tornozelo.

É essencial uma boa avaliação clínica do pé e tornozelo para ajudar no diagnóstico de uma fractura do astrágaloUm raio-X é geralmente necessário para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da lesãoNas fracturas de stress (em que não há história de traumatismo), por vezes, não aparece nosraio-X iniciais, exames adicionais (TAC ou RM) podem ser necessários.


Tratamento

       O tratamento em fisioterapia, imediatamente após a lesão e enquanto o diagnóstico não está confirmado, consiste e controlar os sinais inflamatórios, através de:
Descanso: Evite caminhar ou estar muito tempo de pé. Se tiver de o fazer utilize canadianas. Andar a pé pode significar um agravamento da sua lesão.
Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando umatoalha fina entre o gelo e a peleUse o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
Compressão: um  elástico pode ser usado para controlar o inchaço.
Elevação: O pé deve ser elevado um pouco acima do nível do seucoração para reduzir o inchaço.
          O tratamento médico das fracturas do astrágalo vai depender do tipo de fractura e da extensão da lesão. Nas fracturas em que não haja desalinhamento entre os topos ósseos e nas fracturas de stress, 4 a 6 semanas de descarga, com o uso de canadianas é geralmente suficiente para a consolidação óssea.
Para as fracturas em que os dois topos da fractura estão desalinhados o ortopedista realizará o realinhamento da fractura por manipulação cuidadosa sob anestesia seguida de cirurgia para fixação interna (utilizando placas e parafusos) no caso de se tratar de uma fractura instável. Nesta situação, após a cirurgia segue-se imobilização gessada com bota protectora mais canadianas por um período não inferior a 4 semanas.
No período após imobilização gessada deve ser iniciado um programa de fisioterapia. As técnicas que revelam maior eficácia nesta condição:
  • Semanas 1 e 2: o paciente participa de suas actividades normais da vida diária (AVD), tratamento com mobilização articular, fortalecimento muscular e massagem dos tecidos moles
  • Semanas 3 e 4: Inicio gradual de corrida e treino proprioceptivo em carga (desde que não desperte dor ou outros sintomas)
  • Semanas 5 e 6: Fase reservada a reintrodução do atleta à prática desportiva. A intensidade dos exercícios é gerida respeitando a sensação de fadiga ou cansaço local do atleta.


Exercícios terapêuticos para a fractura do astrágalo

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos após a confirmaçãode que a fractura está consolidada. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por diae apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.



 

Flexão/extensão do pé
Deitado, com o calcanhar fora da cama, puxe a ponta do pé e dedos para si, depois empurre pé e dedos para baixo.
Repita entre 15 e 30 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.



 


Adução/adbução do pé
Puxe o pé para cima e para fora, e depois para cima e para dentro.
Repita entre 15 e 30 vezes, desde que não desperte os sintomas.




Flexão resistida do 
Sentado, com o elástico na ponta do pé. Puxe a ponta do pé para cima, depois deixe o pé voltar lentamente à posição inicial.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.




Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.


Rome K, Handoll HH, Ashford R. Interventions for preventing and treating stress fractures and stress reactions of bone of the lower limbs in young adults. Cochrane Database Syst Rev. 2005(2):CD000450.
Saxena A, Fullem B, Hannaford D. Results of treatment of 22 navicular stress fractures and a new proposed radiographic classification system. J Foot Ankle Surg. 2000 Mar-Apr;39(2):96-103.

5 things process excellence professionals can learn from nurses

In honour of the recent World Nursing Day, Debashis Sarkar looks at five things process excellence professionals can learn from nurses.
You all would probably agree that nursing is probably among the noblest profession on earth. Since Florence Nightingale laid the foundation of transforming nursing from that being a domestic service to that of a profession in nineteenth century, nurses have been serving humankind.  
Every time I see a nurse in action, it amazes me to see how caring and compassionate they are as they navigate through multiple duties which could be as varied as comforting patients with pain, delivering babies, changing saline bottles, inserting a catheter, consoling the relatives of someone who has just died, cleaning soiled patients, listening to the traumatic stories of patients and so on.  
Nurses are real heroes who work behind the scenes to keep us all healthy while keeping patient’s needs central to everything that they do. For nurses patients are their customers and the commitment with which they serve is something that many of us would have felt. We often don’t realize but they help us to navigate some of the most difficult moments of our lives.  
So in honour of the recent World Nursing Day (May 12th), what are some of the things which process excellence professionals learn from nurses?  While the list can be large I have picked five of the most relevant:
#1: Advocacy
As a patient advocate, a nurse stands up for the patient’s needs and makes sure that the care provided is in their best interests. As nurses continually interact directly with the patients they are well placed to understand what impact decisions about care will have on their patients.
Process Excellence Professionals (PEX Pro) also need to be advocates -  but of the customers (i.e. the end customer) of the process. When we’re improving only a part of a process we can sometimes forget the impact on the end customer and this can be quite disastrous. For instance, if we’re looking at improving the accuracy of the “cash cheque” process at a bank branch we want to make sure that we’re focussing on the entire experience. Otherwise, measures we put in place to improve accuracy may make the process less efficient and pleasant from the customer’s point of view. When facilitating improvements, it’s imperative to always keep this customer in mind and think of any process from their perspective.
#2: Patience
Having patience is the hallmark of a good nurse. In an emotionally charged environment like a hospital, a nurse needs to be calm and manage the difficult emotions of patients on one side, ensure hospital’s need for being operationally efficient are taken care off and also carry out the instructions of a demanding doctor. Under such circumstances if a nurse looses his/her calm, things can go awry. Hence, it requires a nurse to always keep the larger picture of compassion and care in mind and not to do anything that could make them dysfunctional and impede rational thinking, despite all the stress and workplace and managing the various constituents.
What process professionals need to learn from here is that they need to be patient as they try managing the various stakeholders. Sometimes these individuals could be irrational, demanding and even rude. It’s important to keep calm and not get emotional about these reactions. You must always keep the larger objective of the process excellence endeavour and demonstrate emotional resilience to manage varied situations.
Also, just like it can take a long time for a patient to get well, process professionals must be aware that the culture of process thinking takes time to grow and embed in an organisation. There is no magic formula to make it happen. One has to be at it and over a period of time it becomes a part of the organisational fabric.
#3: Passion for education
Nurses are just not care givers but also health educators who play the role of educating patients on what need to be done to maintain a healthy life. They also act as teachers for other budding nurses, provide mentorship to fellow nurses and provide latest knowledge and information from fields such as  medicine, medical technology, customer-service, healthcare legislations etc , so that nurses are updated.
Like nurses, process professionals must focus on continual learning and teaching. They need to focus on creating cadre of change agents who can contribute in process excellence efforts. A successful process excellence deployment is one in which process efforts have become a part of business-as-usual activities of an organisation. And this would happen through repeated training and awareness facilitated by PEX Pros.


Contributor: Debashis Sarkar 
Posted: 05/21/2013


#4: Adaptability
For a nurse every day is different. They face a wide array of situations. Patients can come in one of the most vulnerable and dark moments which makes them often unpredictable and irrational. There could be days a patient may arrive with complex medical condition which could be a matter of life of death.  There could be varying medical procedures that they need to administer.  To summarize a nurse’s life is filled with uncertainty and they need to wade through varying operational environment for which they need to demonstrate adaptive leadership.
This is a great learning for PEX professionals who also need work in varied settings. For a process professional no day is the same. Sometimes you can be dealing with an aggressive sales team or a demanding CEO, the next it’s an indifferent shop-floor worker or disengaged staff. Successful PEX professionals are just not “tool-heads” but change leaders adept in adaptive leadership.  
#5: Detail orientation
Nurses are detailed oriented. They have a great eye for details so that even little things are taken care of that can impact a patient’s health. Missing even a small dose of medicine or a step in a medical procedure could be fatal.  An effective nurse can decipher even minor symptoms which could indicate the deterioration of a patient’s health. It’s the little things that the nurses do contribute towards healthy recovery. 
Like nursing professionals, process excellence leaders also need to have an eye for details. It’s the focus on little things that ensures a great outcome. While embarking on a process endeavour a PEX leader should list all the small and big things that need to be addressed to make sure the final results are desired. For example, if the focus is enhancing customer experience in a fine dining restaurant; the focus has to be on food quality, food presentation, aroma, ambience, wait times, staff-friendliness, staff-knowledge, interaction with chef, valet-parking, location of the restaurant, approach to reservation, display of food history etc. It’s all these little things that add up to experience.
To summarize, if nurses are responsible for quality of human life, the work of process excellence professionals is to ensure the health of an organisation by focussing on the process management system.